O Garoto Que Nada Fazia

Era o menos interessante do bairro, o garoto que nada fazia.

Ia à escola todos os dias. Se sentava e esperava o tempo passar... e o tempo passava: conseguia a alforria. À sua casa voltava e acabava o seu dia.


Era o menos atraente da sala, o garoto que nada fazia.

Todos por ele passavam e, no começo, todos olhavam, mas o garoto nunca sorria. Ficou isolado, com o rosto marcado pela tristeza doentia.

Todos conversavam, todos riam. Todos sentados na sala, colocando a conversa em dia, jogando conversa fora, conversando sobre coisas vazias.


Era o que menos falava, o garoto que nada fazia.

Ficava calado, olhando de lado, ouvindo o que os outros diziam. Seus olhos olhavam mas se assustavam com os olhos dos outros; olhos vis, olhos sutis, olhos senis, olhos hostis.

Todos os dias morria, todos os dias se matava. Todos os dias chorava, todos os dias sofria, todos os dias odiava, todos os dias se arrependia — de nada fazer [pois nada fazia], nada mudava: nunca sorria, nunca brincava, nunca saía.


Era o que menos amigos tinha, o garoto que nada fazia.

Com poucos se comunicava, com poucos interagia. Mesmo assim, nenhum o conhecia. Não de verdade, não como ele era. Não conheciam seus segredos, seus desejos, seus medos. Não conheciam suas ânsias, suas mágoas, suas lamúrias.

Não o conheciam, assim como ele não os conhecia tampouco.


Era o único que nunca namorara [que nunca beijara], o garoto que nada fazia.

Nos sonhos que sonhava [pois mesmo ele sonhava sonhos], se divertia. Em seus sonhos, o garoto sorria. Em seus sonhos ele já havia feito o que nunca fizera, o que nunca fazia. Sonhava com moças que ele amava [ou pensava amar] e, nos sonhos, as moças o amavam também.

Nunca teve sorte com garotas, o garoto que nada fazia. Eram sempre as garotas erradas, os momentos errados, os sentimentos errados. Tudo foi errado, na época em que tentou algo fazer.


Era o único com um sentimento estranho, o garoto que nada fazia.

Um sentimento diferente, um sentimento único: o sentimento que o impedia de desacorrentar-se da vida. E ele nada entendia: tudo sempre dava errado, tudo sempre ia contra ele; já havia tentado, mas nada conseguia fazer. Então por que não conseguia? Acabar com a agonia, acabar com a dor, acabar com tudo que sentia?


E lutava e lutava [pois não sabia que era uma luta perdida] contra sua própria esperança, que nunca morria.

You Sexy Thing!

Ohayoo mina-san! [aula-flash de japonês — isso significa 'bom-dia a todos!'] Como têm passado? Espero que bem, porque vai piorar muito depois deste post.

"Qué pasa?", me perguntam vocês. E eu respondo: "preciso de uma namorada!". *música de suspense*

Eu sei que essa deve ser a opinião de muitos de meus leitores e/ou leitoras assíduos/as [ahem], mas agora é diferente; agora, namorar é meu dever de casa! Vou explicar melhormente [olha só, um neologismo!]: eu freqüento uma psicóloga semanalmente [nem parece, eu sei]. Bom, o caso é que, nesta terça, ela me informou, depois de uma análise de tudo o que eu dissera, que eu, Victor Chacon Sabadia, preciso namorar para passar por 'essa fase', parar de produzir tantos hormônios e não me transformar no "vizinho velho e tarado"*. Tá bom, eu usei minhas palavras agora, mas foi algo do tipo.

De qualquer maneira, este post inteiro foi elaborado com o simples intuito de chamar a atenção das garotas [preferivelmente] solteiras que estejam na faixa etária adequada, ou seja, dos 16 aos 20 anos [aproximadamente, segundo pesquisas da Oxford].

[tom de súplica] Por favor, ajudem-me a cumprir o dever de casa a mim repassado! [/tom de súplica]



E esse foi o post da semana. Cada vez mais, pior do que o anterior. Se você não gostou, sinta-se à vontade para cortar relações comigo. Até a próxima! Ou não.

As palavras de hoje foram: "Ohayoo", "namorada" e "melhormente".



* "vizinho velho e tarado" eu tirei do texto do resultado do meu teste de personalidade 'namorativa'. Se você tem vontade de perder tempo com besteira, aqui vai o link: Teste de Personalidade. Tem que se cadastrar no final, mas não tem e-mail spam nem nada [que eu me lembre].

WTF? Eu sou padrinho!?

Sexta-feira, dia de atualizar o blog. Mas eu estou sem idéias... O que eu faço? Hmm, acho que vou escrever coisas pessoais e depois falar sobre algo que eu goste.


Bom, ahem... neste domingo [17] haverá o batizado de minha prima Mariana. E eu serei o padrinho! Você deve achar uma loucura da parte dos pais, não é? Foi exatamente o que eu achei... Ai ai. Nem sei o que tenho que fazer como padrinho. Aliás, nem sei o que dar de presente no batizado! Mas acho que tudo correrá bem: minha outra prima [Liaaa ;p] é a madrinha e tenho certeza que vai me ajudar no que eu não souber [tudo].

Droga, odeio ficar nervoso em ocasiões formais... do mesmo jeito que fiquei na minha primeira comunhão, no casamento dos meus pais, quando eu fui morar na Espanha, quando eu voltei pro Brasil... e em todas as situações que exigiram que eu ficasse na frente de razoável quantidade de pessoas e tivesse que fazer/dizer algo de certa maneira.

Então... boa sorte para mim! *medo*




Hmm, esse vai ser o menor post até agora... O que significa que é hora do filler [enchimento de lingüiça]!!
HORA DO FILLER:

Neste momento, chamo a todos os seres vivos que lêem isto e que gostam de ventríloquos e de shows de humor para clicarem no[s] próximo[s] link[s] e assistirem ao[s] vídeo[s] de Jeff Dunham [legendados] no Youtube.

— Achmed, o terrorista morto
— Outros vídeos de Jeff Dunham

Como a língua usada nos shows é o inglês, algumas piadas farão maior sentido se você souber pelo menos um pouco de inglês. Mesmo assim, ainda dá para rir bastante [eu acho, pelo menos .-.]. Recomendo, principalmente, os vídeos do Walter e do Peanut. Divirta-se! Ou não. Mas a culpa não é minha se você não gostar.

As palavras de hoje foram: "Mariana", "Lia" e "Filler".

Procrastino, logo existo.

Olá, meu povo! É com grande desprazer que vos falo novamente. Isso porquê vocês são muito feios, e me dá ânsia de vômito olhar para toda essa proliferação de mundiça. Ahahaha! É claro que isso foi uma brincadeira! Quem sabe.

Bom, em todo caso, vamos ao que interessa. O que me interessa, claro.

Uma semana sem escrever aqui... quase desisto deste blog por falta de acessos, mas foi quando me lembrei que nenhum amigo meu sabia que ele existia. Então todos os cinco vieram olhar e me disseram: "Caralho, que massa!". E eu renasci. Das cinzas. Ou da procrastinação. Pode pesquisar o que significa, eu deixo.



Então! Estou fazendo cursinho... subestimei a UFC: eles são chatos mesmo. Putz, nem dá vontade de estudar lá... mas, é o jeito. Jornalismo, aí vou eu! Quer dizer, se o que dizem do Ari de Sá for verdade, né.

Falando em cursinho e Ari de Sá, estava eu rondando o perímetro do colégio, sem conhecer ninguém naquele cursinho, quando vejo Levi Correa. Meu salvador! Alguém para eu conversar! Ou para eu encher o saco. Bom, tanto faz... Depois de passar dias somente assistindo às aulas, sem abrir a boca para nada além de bocejar, eu conversei com alguém! Woohoo! Como é legal estar em um lugar e saber que você conhece alguém.

Só espero fazer algum amigo por lá até o final do ano, porque, convenhamos, nunca se tem amigos demais.

Hmm, amigos. Preciso ver mais meus amigos. Aqui fica um pedido a meus amigos que vierem a ler isto: Vamos nos ver mais, porra!



Bom, mudando de assunto... Li em um fórum em inglês na internet que o dia dos namorados está chegando. Não sei se a data é a mesma para o Brasil, mas aqui vai um recado aos que possuem um ser humano de estimação: esta é uma boa época para comprar camisinhas. O carnaval também seria, mas já passou. Vai ver é por falta de avisos do tipo que a taxa de natalidade de outubro/novembro é maior que a dos outros meses.

"O que você vai fazer no dia dos namorados?", perguntava outro fórum que visitei. Que diabos de pergunta é essa? No dia dos namorados, imagino que todos os homens saiam com suas namoradas e as levem para um lugar aconchegante [cinema, restaurante, casa] onde elas serão super bem-tratadas, sufocadas em elogios, afogadas em bebidas e anestesiadas com beijos, com o que o homem espera poder levá-la à cama. Ou algo do tipo.

É claro que isso não é o que você fará se não estiver namorando... Se você não estiver, você tem três opções:

1 — Sair com seus amigos solteiros. Ah, droga, você não quer ver um casal se beijando na sua frente, enquanto você se lamenta por não estar podendo cheirar um pescoço perfumado ou apertar uma bunda macia ou se afogar com a saliva de uma garota linda enquanto suas línguas se enroscam em uma luta molhada e você acaricia os cabelos dela e... Ai ai.

2 — Tentar achar uma menina insana o suficiente para querer se agarrar com você, pelo menos nesse dia. Você não quer ficar só, é isso: a solidão destrói as mentes das pessoas. Por isso você se pendura em qualquer coisa que se pareça com uma mulher.

3 — Ficar em casa. E chorar na cama, com a luz apagada e a porta fechada, para ninguém te incomodar. Ou tentar se matar... não tente, é muito chato não conseguir terminar o que começou.

Se você costuma fazer a número 3, você já desistiu: procure um psicólogo. Ou melhor: procure mulheres bêbadas ou que também façam a opção 3.

As palavras de hoje foram: "mundiça", "UFC" e "taxa de natalidade".

Womp-bomp-a-loom-op-a-womp-bam-boom!

Nossa, um blog. Nem acredito. Aposto que você lendo isto agora também não acredita. Pelo menos se me conhecer. E, se me conhece, sabe que eu não faria algo que me exporia aos perigos da internet. O que nos leva à pergunta de um milhão: é realmente Victor Chacon Sabadia quem digita estas palavras? Ou alguém está se fazendo passar por ele?

Permitam-me dizer que, se alguém está tentando se passar por mim, eu tenho pena dessa pessoa. Sério. Acho que não tem como minha imagem ficar pior. A não ser, claro, que ela saia xingando todas as pessoas que conheço e poste fotos minhas sem roupas. [espero não ter dado idéias a alguém]



Bom, passado esse enchimento de lingüiça acima... espera um pouco, agora que o trema [esses pontinhos em cima do 'u' de 'lingüiça'] foi abolido [ou está para ser abolido] do português, como diabos se escreve a palavra 'lingüiça'? Lingoiça? Que porcaria horrorosa. Só eu acho que estava melhor como estava?

Agora vamos ter que escrever idiotices do tipo: 'cincoenta', 'pingoim', 'lingoiça', 'secoestro', 'trancoílo'... Que sacanagem: passei a vida estudando quando usar isso, achando essas palavras eloqüentes, eqüiláteras, aqüíferas, usadas com freqüência. E agora serão liqüidificadas? Que conseqüências absurdas advirão dessa mudança! Em seqüência, minha tranqüilidade se esvairá com a falta de consideração com essa antigüidade... [...e chega de procurar no google palavras que usem trema]



Bom, esse pequeno texto [textículo, como dizem alguns] foi uma amostra do jeito magistral com que eu continuarei a postar [é esse o termo certo?] aqui, no mesmo bat-endereço-eletrônico, todos os dias. Ou talvez uma vez por semana. Ok, quando me der na telha... mas vou me esforçar para manter esse troço atualizado, falando sobre o que eu quiser, como eu quiser, quando eu quiser. Mas talvez eu aceite uma sugestão. Talvez.

As palavras de hoje foram: 'Victor Chacon Sabadia', 'trema' e 'textículo'.